Programa

Dia 1: 19 de Outubro de 2010 - Sala Fernando Pessoa


Apresentações orais

14h30 - Abertura

  • Prof. Doutor Salvato Trigo, Reitor da Universidade Fernando Pessoa: 
  • Dra. Ágata Rosmaninho, Coordenadora das Edições da Universidade Fernando Pessoa


15h00 - Motivar o livre acesso
- Carla Sousa (Coordenação das Bibliotecas da UFP e do Repositório Institucional)

A necessidade de armazenar, preservar e divulgar documentos, que antes se encontravam apenas em papel e, consequentemente, contribuir para uma maior visibilidade da produção e do valor público da UFP, levou esta Universidade a criar o seu próprio repositório. 

Nesta comunicação pretende-se fornecer informações sobre o desenvolvimento do Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa, B-Digital, tais como o crescimento das colecções, dados estatísticos de depósito, consultas e downloads, etc., e também motivar a comunidade, em regime de auto-arquivo, para o depósito dos seus documentos, realçando as vantagens desta ferramenta.

- Eloy Rodrigues (Universidade do Minho, Centro de Documentação)

O Open Access, ou seja o acesso livre à literatura científica, tem vindo a afirmar-se e a expandir-se nos últimos anos. Uma das formas de concretizar o Open Access é através de repositórios que permitem aos autores da literatura científica e académica tornarem  os seus artigos e outras publicações acessíveis livremente para toda a comunidade.
 
Nesta comunicação, procuraremos responder a alguma perguntas básicas sobre o Open Access (O que é?, Porquê é útil para a ciência?, Como pode ser concretizado?), os repositórios e o auto-arquivo das publicações nesses sistemas de informação. Em conclusão identificaremos as vantagens, para os  investigadores e para as instituições para as quais trabalham, de usarem os seus repositórios institucionais para promover a visibilidade, acessibilidade e impacto da sua produção científica.


- Luís Borges Gouveia (Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade Fernando Pessoa)

No contexto da Sociedade da Informação, o movimento de software livre e o opensource tem tido uma aceitação crescente. Embora as experiências associadas se multipliquem, existe uma percepção ainda difusa dos reais custos associadas com a adopção deste tipo de alternativas de lidar com sistemas e tecnologias de informação.

Desta forma, proponho uma reflexão sobre o custo associado com a adopção de alternativas normalmente relacionadas com o opensource.


16h00 - Pausa para café


16h15 - Recursos em Acesso Aberto
- Ana Viale Moutinho (Universidade Fernando Pessoa)

O termo Open Educational Resources (Recursos Educacionais Abertos ou REA) foi utilizado pela primeira vez pela UNESCO em 2002 para definir materiais educacionais oferecidos gratuitamente e de forma aberta para ser utilizados por qualquer pessoa, sob algumas licenças para serem remisturados, melhorados ou redistribuídos.
 
Esta comunicação irá mostrar como tem vindo a evoluir o conceito dos REA, qual a sua função na sociedade de hoje, e apresentará dois projectos que estão a ser desenvolvidos na Universidade Fernando Pessoa.

  • "UFPUV: livre acesso, como?"
- Feliz Ribeiro Gouveia (Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade Fernando Pessoa) 
(apresentação em PowerPoint)

A criação e a utilização de recursos educacionais em regime de livre acesso tem sido incentivada e promovida por diversas instituições, principalmente em países onde se debatem as questões relativas ao reconhecimento da produção de conhecimento, e aos mecanismos de definição e de protecção de direitos autorais. 

Coloca-se a questão de como incentivar e permitir o livre acesso (dependendo da definição de "livre") no Ensino Superior, para o que vamos utilizar como exemplo a plataforma colaborativa de ensino da UFP, a UFPUV.

- Cristiana Agapito (GPEARI – Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais)

O projecto SciELO Portugal, que representa a adesão de Portugal à rede SciELO internacional, a qual teve a sua origem no Brasil, englobando hoje vários países da América Latina, Caraíbas e, na Europa, a Espanha, disponibiliza uma biblioteca electrónica diversificada, abrangendo um crescente número de publicações de diferentes domínios científicos. Tendo como objectivo promover as revistas científicas portuguesas de qualidade e difundir mundialmente a produção científica nacional, a colecção SciELO Portugal está acessível online, desde 2005, de forma inteiramente gratuita e em texto integral.

Consideradas as suas características fundamentais, o Projecto SciELO Portugal corresponde aos princípios e objectivos das iniciativas Open Access. Divulgá-lo junto da comunidade científica através da Open Access Week @ Universidade Fernando Pessoa 2010, contribuirá como forma de potenciar a importância e o desenvolvimento destas iniciativas.

  • “Projecto Blimunda: levantamento das políticas das editoras e revistas científicas nacionais para o auto-arquivo em repositórios institucionais”
- Clara Boavida (Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa) (apresentação em PowerPoint)

O projecto Blimunda tem origem no âmbito do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP). É uma iniciativa financiada e apoiada pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), com desenvolvimento na Divisão de Documentação e Biblioteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Tem a duração de um ano. A problemática do projecto surge da dificuldade em averiguar se existe e qual é a política de auto-arquivo de editoras e revistas científicas nacionais em repositórios institucionais.

O Projecto Blimunda tem como objectivos: proceder à compilação das políticas de auto-arquivo das editoras e revistas científicas nacionais; incluir a informação na base de dados do projecto Sherpa/Romeo; traduzir o sítio do projecto Sherpa/Romeo para português e avaliar o interesse das revistas em aderirem a um potencial serviço de alojamento de revistas.

  • “O direito dois passos atrás da economia: os direitos de autor na era do acesso livre” 
- Paulo Vila Maior (Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Fernando Pessoa) (apresentação sem recursos digital; texto disponível no ebook a publicar em breve)

Com a reinvenção das formas de publicação, alimentada pelas facilidades da publicação e partilha em rede, colocam-se novos desafios tanto do ponto de vista legal como na óptica dos interesses do criador intelectual e do editor. Num contexto de fervilhante difusão da investigação científica, de que resulta um aluvião de publicações que entram num mercado caracterizado pela intensa concorrência, os autores são os principais interessados em divulgar a sua produção científica. Daqui resulta uma redefinição do contexto – do mercado, para sermos rigorosos – em que se movimentam estas publicações.
Importando da economia o conceito e as fórmulas operativas de mercado, verifica-se um desajustamento entre oferta e procura: a oferta de produção científica supera largamente a procura (entendida como as revistas e editoras que operam no mercado). O desajustamento entre oferta e procura determina um aumento da concorrência entre quem produz e pretende divulgar o seu trabalho científico. Se a lei da oferta e da procura fosse aplicada à risca, do desajustamento entre oferta e procura resultaria um preço mais barato a pagar pela produção científica. As facilidades de acesso permitidas pela publicação em rede alteram os dados da equação. Multiplicam-se os formatos de acesso livre à produção científica, alguns deles promovidos por iniciativa de quem publica, outros por iniciativa de quem pretende divulgar gratuitamente a sua produção.

Este fenómeno transporta consigo o redimensionamento do mercado e o desajustamento das normas jurídicas que se lhe aplicam. Nesta comunicação pretendemos demonstrar o arcaísmo da legislação de direitos de autor que se aplica à edição de trabalhos de investigação científica. Essa legislação arcaica não atende os interesses de quem publica, não motivando, porém, a mesma reacção de repulsa entre os autores publicados e os autores que se confrontam com dificuldades em ter acesso às tradicionais e mais consagradas formas de publicação.

18h00 - Debate


Dia 2: 20 de Outubro de 2010 - átrio do edifício-Sede


09h30-12h30 e 14h00-16h30 - Oficina "Como depositar/auto-arquivar publicações no Repositório da UFP?"
  • Inscrição obrigatória até ao dia 19 de Outubro, às 17h00, para o endereço csousa@ufp.edu.pt.


Dia 3: 21 de Outubro de 2010 - Sala Fernando Pessoa

das 17h00 às 18h00 - Videoconferência: "The Unreasonable Effectiveness of Open Access"
        Wilbanks will talk about how free sharing of data and research helps improve scientific research, how open systems can improve quality
        measurement, and the impact of moving away from journal articles as the core form of knowledge transmission.
  • Orador: John Wilbanks, Creative Commons (http://sciencecommons.org/)
  • Moderador: Pedro Reis, Professor Associado da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa e Coordenador Pedagógico da UFP-UV (Universidade Virtual) ( http://elearning.ufp.pt).
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